Paulo Batista

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Gestão: habilidades e competências


Poderíamos dizer que gestão é arte e ciência ao mesmo tempo. Arte porque levar as pessoas a serem mais eficazes não é fácil e ciência porque exige um conhecimento pessoal ou prática sistemática. Existem quatro pilares básicos para quem vai assumir um cargo de gestor:

 

  • saber planejar;

  • saber organizar;

  • saber dirigir;

  • saber controlar.

     

É preciso ter conhecimento da área que vai gerenciar e é muito importante saber lidar com pessoas, transmitir a elas conhecimentos de forma eficaz, além, é claro, de valorizálas, pois este é um dos caminhos para mantê-las satisfeitas, trabalhando em consonância com os objetivos da empresa ou da organização, seja ela privada ou pública, pois, independente da organização, ela é feita de pessoas e para pessoas.

 

Portanto, é preciso sempre ter a pessoa como foco e o seu bem mais valioso. Ser um gestor requer conhecimento de inúmeras ferramentas que levam ao sucesso do seu negócio. No terceiro setor, por exemplo, aplicar uma ferramenta chamada Balanced Scorecard (BSC) proporciona diferencial considerável, pois até alguns anos atrás, as organizações pertencentes a este setor limitavam a gerir suas operações no dia-a-dia, centradas em cumprir sua nobre missão: solidariedade e intervenção social. Em tempos de globalização, é preciso ter estratégias definidas para que a gestão tenha sucesso e alcance seus objetivos. É preciso ter estratégias, saber comunicá-las, alinhar as operações da organização com essas estratégias e, nesse contexto, o BSC tem sido utilizado.

 

Explicando sucintamente, o BSC nada mais é do que conhecer os pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças, respectivamente, dos ambientes internos e externos para formular as estratégias e atuar. Para tanto, o gestor precisa de uma equipe sintonizada.


Segundo Queiroz (2004), as empresas estão cada vez mais interessadas em pessoas que saibam usar sua habilidade e toda sua competência em prol do crescimento das mesmas. Não adianta ter carisma, conhecimento, diplomas e mais diplomas se o indivíduo não tem a capacidade de colocar em prática tudo aquilo que aprendeu durante toda sua vida.

 

Habilidade e competência, essas duas características têm uma conotação muito mais abrangente do que tinham em tempos passados. Com a chegada da informática e com o crescimento assustador da concorrência, essas duas características precisam ser mais do que nunca aprimoradas por todo aquele profissional que deseja progredir e obter sucesso. Faz-se necessário, então, que todo profissional descubra realmente suas habilidades e suas competências e as coloque em prática.

 

Outro fator importante para que a "capacidade" alcance seus objetivos é a determinação do profissional de observar as mudanças que acontecem no seu próprio interior, ou seja, coisas que antes tinham um valor importante e hoje não tem mais. Entender este processo é importante a fim de que este indivíduo cada vez mais possa progredir rumo ao sucesso profissional. Entender as profundas mudanças pelas quais o mercado de trabalho está passando, é fundamental para toda pessoa que está em busca de sucesso e de projeção dentro do seu âmbito profissional. Porém, as mudanças devem ocorrer em seu interior e essas mudanças devem fazer parte da sua vida constantemente e não apenas em alguns períodos (QUEIROZ, 2004).

 

Não podemos nos esquecer da competência relacional, pois ela adquire extrema importância para o Profissional. Abandoná-la significa, segundo Roca (2001, p.15), deixar para trás o compromisso com o novo, com a criatividade e com a práxis. Assumir somente habilidades técnicas, sem o sentido do relacional é transformar-se em um executor de tarefas, cujo processo discursivo nunca chegará a ação. Este é o desafio que os profissionais se deparam e que enfrentam nos espaços institucionais. É a dicotomia entre a teoria e a prática que não encontra um ponto de conexão, porque também se distância da competência relacional que flexibiliza o olhar, que cria estratégias, que permite ousadias, que desconhece o medo.

 

Lidar com a humanidade das pessoas com competência é saber que o conhecimento e a sensibilidade devem estar sempre em relação. Segundo Roca (2001, p.15 apud Turck, 2009), uma profissão, como conjunto de saberes socialmente instituídos, não substitui nunca os profissionais de carne e osso: por trás deles tem sempre uma personalidade autônoma, capacidades e aptidões que modulam uma determinada competência técnica. Segundo este autor, nasce sim, a convicção de que é necessário liberar o potencial de conhecimento e a criatividade dos homens e mulheres que escolhem as profissões sociais. A excelência não recai tanto sobre a profissão em si mesma, quanto nos profissionais, nas suas motivações e na sua identificação com seu processo de trabalho, sobre seu talento cooperativo e sua confiança, sobre o apoio mútuo e a capacidade de tomar decisões conjuntas.

 

Portanto, aliar a competência relacional com o conhecimento é construir caminhos profissionais qualificados. Porque olhar para si é antes de tudo, qualificar o olhar para o outro e possibilitar a qualidade de vida e a garantia de direitos.

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